De acordo com uma pesquisa recente publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas enfrentando insegurança alimentar e nutricional severa no Brasil caiu de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para 4,1%.

No início de seu terceiro mandato, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva prometeu combater todas as formas de desigualdade no país latino-americano, com foco especial na luta contra a fome e a insegurança alimentar. Ao assumir o poder em 2023, após o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, o Brasil estava incluído no mapa da fome e da insegurança alimentar da ONU.

O IBGE destacou que a insegurança alimentar é mais frequente e grave nas regiões norte e nordeste do país. Os estados do Amazonas, Pará e Amapá são os mais afetados no norte, enquanto no nordeste, Maranhão e Pernambuco lideram as estatísticas.

A Agência Brasil, uma agência de notícias, ressalta que Wellington Dias, Ministro do Trabalho Social, da Família e de Combate à Fome, enfatizou que os números são o resultado dos esforços do governo para retomar as políticas públicas contra a fome e a pobreza.

A pesquisa também revelou que 4,5% da população de 0 a 4 anos e 4,9% da população de 5 a 17 anos enfrentaram insegurança alimentar severa. No entanto, na população com 65 anos ou mais, essa proporção foi de 2,8%.

O levantamento público do IBGE foi realizado em 2023 em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDA) e foi baseado em uma metodologia semelhante à aplicada em 2022 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Red Penssan).

No último ano, também houve uma maior distribuição de renda devido à melhoria do mercado de trabalho e ao aumento do salário mínimo, que, durante o governo Lula, subiu 6,97%, de 1.320 reais (258 dólares) para 1.412 reais (276 dólares).