Os dados de exportação de frango do Brasil indicam uma perspectiva positiva para o restante de 2024, disse na segunda-feira a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), citando uma concorrência mais fraca dos fornecedores dos EUA e uma demanda contínua forte dos importadores tradicionais do Oriente Médio.

As exportações de frango do Brasil atingiram uma média de 431.400 toneladas métricas por mês até junho, 0,8% a mais do que a média mensal registrada para todo o ano de 2023, que foi de 428.200 toneladas, segundo dados da ABPA.

A relativa ausência de exportadores de frango baseados nos EUA no mercado e as vendas constantes para países como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita são bons sinais para os fornecedores do Brasil, o maior exportador de frango do mundo, de acordo com a ABPA. O fato de o Brasil, o maior fornecedor de frango do mundo, também historicamente exportar mais na segunda metade do ano é um benefício adicional.

“Com um mercado interno mais atraente, as exportações dos EUA estão caindo, o que é uma tendência para os próximos meses e anos”, disse Luis Rua, diretor de mercados da ABPA, em um comunicado à Reuters.

Ele acrescentou que para as empresas brasileiras, isso significava mais volumes de exportação destinados a países da América Latina, incluindo México e Chile, permitindo que o Brasil se reposicionasse em mercados estratégicos para produtos como coxas e peito de frango.

Em termos de volume, as exportações de frango do Brasil foram as melhores da história entre abril e junho, disse a ABPA. No entanto, em termos de preço, o cenário não é tão promissor, já que as vendas agregadas de exportação de frango do Brasil atingiram US$ 4,636 bilhões no primeiro semestre, 10,3% abaixo dos US$ 5,168 bilhões do mesmo período de 2023, segundo dados da ABPA.

As vendas para a China, o principal destino, também ficaram abaixo do nível do ano passado para junho, caindo 29%, disse a ABPA. As exportações de carne suína do Brasil no primeiro semestre atingiram um recorde de 613.700 toneladas, disse a ABPA em um comunicado subsequente. Embora as importações pela China tenham diminuído, as vendas brasileiras de carne suína para o Japão e as Filipinas cresceram, marcando o que a ABPA chamou de “uma remodelação” das exportações de carne suína do país.