Entre 7 de março e 1º de maio de 2024, a Carpenters Workshop Gallery apresenta Virando as Marés: Desenhando um Brasil Moderno, uma exposição que traça 75 anos de design brasileiro. Exibindo obras-primas desde os anos 1940 até os dias atuais, as obras expostas revelam as diversas visões e influências que foram fundamentais para a estrutura da vida moderna brasileira. Após a Segunda Guerra Mundial, o país vivenciou um rápido crescimento econômico e industrialização. Não apenas havia um inegável sentimento de esperança e prosperidade no país, mas ele também sediou jogos da Copa do Mundo e acolheu a chegada de novos materiais e tecnologias. Isso infundiu o design, a arquitetura e a estrutura doméstica brasileira com a vibração estética do modernismo, especialmente em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Nos anos 60, o presidente Juscelino Kubitschek transferiu a capital do Rio de Janeiro para Brasília para promover seu crescimento através de sua política de desenvolvimento e lema: 50 anos em 5. Uma dinâmica florescente entre mobiliário, arte e paisagem começou a florescer.

CARPENTERS WORKSHOP GALLERY HOMENAGEIA TITÃS BRASILEIROS

Virando as Marés na Carpenters Workshop Gallery (mais aqui) homenageia um grupo diversificado de artistas brasileiros que navegaram e moldaram suas criações no crisol da rica história cultural do Brasil, refletindo mudanças sociais, culturais e políticas significativas que influenciaram vários aspectos da sociedade, incluindo arte e design. As obras incluídas apresentam titãs do design como Joaquim Tenreiro e Sergio Rodrigues, além de um elenco de artistas contemporâneos influenciados por este período crucial. Isso inclui os Irmãos Campana, um estúdio baseado em São Paulo fundado pelos irmãos Fernando e Humberto Campana, cujo trabalho é profundamente enraizado na cultura e tradições brasileiras, incendiando suas peças com uma abundância de cores, texturas e caos criativo. A conselheira de arte Maria Cecilia Loschiavo compartilha: ‘Virando as Marés apresenta o tecido para a vida moderna no Brasil. O público verá as diversas tendências, a vanguarda e a diversidade de materiais usados, mas também a presença soberana da madeira, que estabelece a ligação dos designers com a cultura vernacular e os inícios do mobiliário brasileiro.’

No Brasil, a expressão visionária floresceu. Notavelmente, foi nas praias do Rio de Janeiro que a Bossa Nova encontrou suas origens, e a arte abstrata inovadora ganhou raízes. Arquitetos como Oscar Niemeyer – conhecido por seus designs de vanguarda caracterizados por curvas amplas, estruturas de concreto armado e elementos naturais – e designers como Joaquim Tenreiro, Lina Bo Bardi, José Zanine Caldas, Jorge Zalszupin e Sergio Rodrigues infundiram uma sensação modernista em casas, escritórios e espaços públicos. Suas abordagens inovadoras ajudaram a definir o modernismo brasileiro e contribuíram para a criação de um vocabulário de design latino-americano distinto.